BENZENE – RISKS, EXPOSURE AND FORMS OF PREVENTION IN MANUFACTURING WORKERS AT PORTUGAL
TIPO DE ARTIGO: Revisão Bibliográfica Narrativa
Autora: Correia S(1).
RESUMO
Introdução
Os trabalhadores da indústria transformadora poderão estar expostos a níveis elevados de benzeno, solvente orgânico vastamente utilizado no setor dos curtumes e do calçado, para o qual existe evidência de perigosidade para a saúde, com ênfase para a carcinogenicidade em humanos. Esta revisão tem como objetivos identificar quais as características, riscos e formas de prevenção referentes ao benzeno, visando contribuir para a discussão sobre o controlo, redução ou possível eliminação da sua utilização.
Metodologia
Procedeu-se à elaboração de uma revisão da literatura através de pesquisas nas bases de dados Pubmed e Medline com os descritores “benzene” AND “industry” AND “occupational exposure” AND “shoe” AND “workers”, bem como a legislação portuguesa em vigor relacionada com o tema.
Resultados
A exposição humana ao benzeno está associada a efeitos negativos agudos e/ou crónicos para a saúde, podendo ocorrer a nível ocupacional. Esta verifica-se na utilização laboral de combustíveis e solventes. Os trabalhadores de curtumes e sapateiros são dos grupos mais expostos.
O benzeno é absorvido frequentemente via inalatória e dérmica, apresentando distribuição rápida com tempo de semivida curto para os tecidos lipídicos, onde atinge concentrações mais elevadas. Os efeitos tóxicos agudos mais relevantes observam-se no sistema nervoso central, pulmão, olhos e pele enquanto os crónicos se relacionam com mielotoxicidade e alterações neurológicas e psicológicas. Segundo a International Agency for Research on Cancer, o benzeno é um carcinogéneo humano (grupo 1), sendo agente etiológico para leucemia.
Verificou-se que os níveis de benzeno no ar expirado se correlacionam com a exposição, podendo-se também monitorizar os efeitos tóxicos a nível urinário ou hematológico.
Como medidas preventivas, recomendam-se atualmente a utilização de equipamentos de proteção adequados, o uso de solventes alternativos, otimizar os sistemas de ventilação, implementar legislação adaptada e aumentar a consciência pública sobre a exposição ao benzeno e as medidas de mitigação de risco.
Conclusões
No que respeita à exposição ocupacional, o sucesso de futuras medidas de prevenção passará pela formação de empregadores e funcionários. A evidência científica atual reporta também a necessidade da capacitação dos profissionais de saúde para identificar e vigiar os casos de exposição ocupacional e intoxicação aguda/crónica. Esta revisão abre espaço a mais investigação nesta área da medicina ocupacional que, por consequência, ajudará à tomada de ações preventivas mais eficazes.
Palavras-chave: benzeno, calçado, exposição ocupacional, indústria, saúde ocupacional, trabalhadores.
ABSTRACT
Introduction
Manufacturing workers may be exposed to high levels of benzene, an organic solvent widely used in tanning and shoe industry, for which there is evidence of health risk, with emphasis on carcinogenicity in humans. This review pretends to identify characteristics, risks and forms of prevention regarding benzene, aiming to contribute to discussion about the control, reduction or possible elimination of its use.
Methodology
A review of literature was carried out through researches in the Pubmed and Medline databases with the descriptors “benzene” AND “industry” AND “occupational exposure” AND “shoe” AND “workers”, as well as updated portuguese legislation related to the topic.
Results
Human exposure to benzene is associated with acute and/or chronic adverse health effects, and may occur on occupational level. This happens during the use of fuels and solvents. Tanning and shoemaking workers are one of the most exposed groups. Benzene is often absorbed via inhalation and dermal, presenting a fast distribution with short half-life to lipid tissues, where it reaches higher concentrations. The most relevant acute toxic effects are observed in the central nervous system, lung, eyes and skin while the chronic ones are related to myelotoxicity and neurological and psychological changes. According to International Agency for Research on Cancer, benzene is a human carcinogen (group 1), being etiological agent for leukemia.It has been found that benzene levels in the exhaled air correlate with exposure, and it is also possible to monitor the toxic effects at urinary or hematological level. As a preventive measure, the use of appropriate protective equipment, the use of alternative solvents, optimization of ventilation systems, the implementation of adapted legislation, and public awareness of benzene exposure and risk mitigation measures are currently recommended.
Conclusions
Regarding to occupational exposure, the success of future prevention measures will depends on increase knowledge by the employed population and employees. Current scientific evidence reports the need for health professionals training to identify and follow cases of occupational exposure and acute/chronic intoxication. This review opens up space to more research in occupational medicine which, in consequence, will help taking preventative actions more effective.
Keywords: benzene, industry, occupational exposure, occupational health, shoe, workers.
INTRODUÇÃO
A indústria transformadora, nomeadamente a do calçado, é uma atividade tradicional em Portugal, maioritariamente na região norte do país. Os distritos de Braga, Porto e Aveiro albergam cerca de 1500 fábricas que empregam aproximadamente 54000 trabalhadores. A produção de sapatos envolve várias operações, no entanto, apesar de em alguns procedimentos ser usada mecanização, a maioria dos mesmos continua a ser manual. As matérias-primas utilizadas incluem o couro, materiais sintéticos, plásticos e borracha. Colas e solventes são também usados nas operações de montagem. Ceras naturais e coloridas, corantes de anilina e outras tintas são também necessários. De entre os materiais utilizados os que apresentam maior risco ocupacional são as colas e os solventes orgânicos, que constituem um risco tóxico considerável nesta atividade profissional. Os solventes orgânicos usados na indústria, embora quimicamente heterogéneos, são habitualmente discutidos como grupo devido à semelhança de efeitos tóxicos entre os mesmos: destacam-se as irritações da pele e mucosas, efeitos tóxicos ao nível do SNC (sistema nervoso central) incluindo alterações neuro-comportamentais persistentes, bem como toxicidades hepática e renal. 1,2,3,4
Estudos epidemiológicos evidenciaram também que os solventes orgânicos podem ter efeitos nocivos no desenvolvimento embrionário e na fertilidade. Um risco aumentado de aborto espontâneo foi também observado em estudos envolvendo a exposição a solventes, mesmo em baixas doses.5 A investigação nesta área demonstrou um risco aumentado de mortalidade por cancro em trabalhadores da indústria do calçado e curtumes. 6,7,8
As misturas complexas de solventes aplicadas nos materiais utilizados no processo produtivo, nomeadamente nos desengordurantes, tintas e colas contêm benzeno. O elevado risco para a saúde deste componente parece ser consequência da exposição não só aos tóxicos isolados mas sobretudo quando em misturas complexas com outras substâncias. 9,10
OBJETIVOS
Identificar quais as características, riscos e formas de prevenção referentes ao benzeno, solvente orgânico utilizado no setor dos curtumes e do calçado, visando contribuir para a discussão sobre o controlo, redução ou possível eliminação da sua utilização.
METODOLOGIA
Para a realização desta Revisão Bibliográfica Narrativa, seguindo os preceitos do estudo exploratório, procedeu-se à pesquisa da legislação portuguesa em vigor relacionada com o tema e de artigos científicos, nas bases de dados Pubmed e Medline, em línguas Portuguesa e Inglesa, publicados até 2016. Foram considerados os descritores “benzene” AND “industry” AND “occupational exposure” AND “shoe” AND “workers”. Após visualização dos resumos e/ou artigos integrais, nacionais e internacionais, encontrados, e tendo em consideração os critérios de inclusão e exclusão (quadro 1), obtiveram-se 15 artigos que cumpriam os referidos critérios.
Após a leitura dos artigos, procedeu-se à reorganização das informações encontradas e ao seu aprofundamento reflexivo.
RESULTADOS
O benzeno é um hidrocarboneto aromático (com fórmula química C6H6) líquido, incolor, de cheiro sui generis e muito volátil (ponto de ebulição, aproximadamente, aos 80º C). A exposição humana a este solvente está associada a efeitos negativos agudos e/ou crónicos para a saúde. Esta exposição pode ocorrer a nível ocupacional, muito devido à utilização laboral de combustíveis e solventes. Com efeito, as principais fontes de produção do benzeno provêm das indústrias petroquímicas e refinarias de petróleo. O benzeno é largamente utilizado a nível industrial graças à sua aplicabilidade na produção de colas e à propriedade como solvente de tintas, vernizes, borrachas, resinas e gorduras. O baixo custo desta substância também não é desprezível nesta equação. Os trabalhadores de curtumes e sapateiros são dos grupos expostos a este solvente, uma vez que o usam como matéria-prima nos processos de produção e transformação que executam. 9,10
Relativamente à toxicocinética, verifica-se que o benzeno é absorvido mais frequentemente por via inalatória e dérmica, muito devido à sua volatilidade e às suas propriedades lipofílicas. A absorção por inalação é a via mais relevante. A via oral também se pode considerar, embora em menor escala; mas após ingestão a absorção é de 100%.
A distribuição do benzeno ocorre rapidamente (apresentando tempo de semivida curto), com ênfase para os tecidos lipídicos, onde atinge concentrações mais elevadas. São exemplos a medula óssea, o fígado, o baço e as lipoproteínas. De notar que o benzeno não se acumula no organismo. 9
Depois de distribuído, inicia-se o processo de biotransformação naqueles tecidos. Originam-se substâncias mais hidrossolúveis como: fenol – que representa 80% da totalidade dos metabolitos, catecol, hidroquinona e p-benzoquinona; e ainda substâncias vestigiais como o ácido trans-trans-mucónico (exemplo: ácido S-fenil mercaptúrico). A restante parte do benzeno absorvido não metabolizado (cerca de 12%), é sujeito a processo de eliminação, sem alterações, através do ar exalado. Os metabolitos anteriormente descritos são eliminados pelo rim. 9,15
Quanto à toxicodinâmica, pode afirmar-se que o benzeno produz efeitos tóxicos em órgãos alvo preferenciais. Os efeitos tóxicos agudos mais relevantes observam-se no sistema nervoso central, pulmão, olhos e pele. A exposição ocupacional aguda ao benzeno pode ser responsável por depressão do sistema nervoso central. Os sinais e sintomas iniciais caracterizam-se habitualmente por cefaleias, tonturas e euforia, que numa fase posterior poderão dar origem a sonolência, confusão, tremores e descoordenação motora, síncopes/lipotímias e perda de consciência. Em casos mais graves, como a exposição a maiores concentrações, poder-se-á observar défice visual, disritmias cardíacas, delírio e convulsões, depressão respiratória, coma e mesmo a morte. Exposição a níveis de 20000 partes por milhão (ppm) pode ser fatal em 10 minutos. O uso de álcool aumenta o efeito tóxico. O SNC é, de todos os sistemas/órgãos afectados, o mais atingido.
Vapores em concentrações elevadas inalados são ainda responsáveis por edema pulmonar e hemorragia nas áreas respiratórias de contacto. Pode também ser observada ação irritante ocular moderada, bem como sobre a pele e mucosas após exposição ambiental. 9
A exposição prolongada a concentrações baixas de benzeno pode também originar efeitos tóxicos crónicos, nomeadamente efeitos mielotóxicos, alterações neuropsicológicas e sintomas inespecíficos. Identificam-se como determinantes de mielotoxicidade os polimorfismos genéticos de mieloperoxidase, a NAD(P)H:quinona oxirredutase e indutores e inibidores enzimáticos; juntos são responsáveis pela redução da produção das linhas vermelha e branca sanguíneas na medula óssea. Em consequência, surgem quadros de anemia, leucopenia, trombocitopenia e até eventos mais graves, como aplasia medular e pancitopenia. A proliferação de células B e T é reduzida pelo benzeno, podendo também por isto prejudicar a capacidade de resistência a infeções. 11,13
São também de destacar os efeitos deletérios quanto ao humor, atenção, memória, raciocínio e execução, linguagem e aprendizagem, bem como capacidade motora. Estudos evidenciaram que a intoxicação crónica pode apresentar-se ainda com quadro sintomático inespecífico de febre, cansaço, anorexia e hemorragias. Mediante a exposição ao benzeno, são também observadas alterações cromossómicas numéricas e estruturais em linfócitos periféricos e células da medula óssea de trabalhadores expostos- genotoxicidade. Segundo a IARC, International Agency for Research on Cancer, o benzeno é um carcinogéneo humano (grupo 1). Constitui um agente etiológico conhecido para leucemia mielóide aguda (leucemia não linfocítica aguda), e vários estudos estabelecem também associação com leucemia linfocítica aguda e crónica, linfoma não-Hodgkin e mieloma múltiplo. 11,12,13
A existência de micronúcleos e anomalias da cabeça do espermatozoide têm sido observados em espécies de laboratório tratados in vivo. A avaliação de lesões cromossómicas é possível através de técnicas citogenéticas, mas raramente aplicável/utilizada. 5,11,13,14
Até à data, não existem dados que confirmem a existência de teratogenicidade por exposição a benzeno em humanos. É, no entanto, fetotóxico em animais roedores (ratos e coelhos) após a exposição materna por inalação, e cuja consequência é a redução do peso ao nascimento. 4,5,11
É sabido que os níveis de benzeno no ar expirado se correlacionam com a exposição. Após um turno de trabalho, poderemos observar concentrações de 0,2 a 4,1 ppm de benzeno no ar exalado. Os efeitos tóxicos a nível hematológico provocados pela exposição crónica ao benzeno podem ser detetados/ monitorizados por meio de hemogramas com intervalos regulares/frequentes. A monitorização de exposição ao benzeno pode ser também realizada através da urina. A determinação dos níveis de fenol urinário tem sido o exame padrão, apesar das limitações descritas, tal como baixa especificidade. No entanto, valores superiores a 200 mg/L são sugestivos de exposição recente (valor normal num indivíduo não exposto é, por norma, inferior a 10 mg/L). O metabolito ácido trans-trans-mucónico é um marcador mais específico de exposição quando comparado ao anterior. Os valores obtidos na análise de urina devem ser comparados com os valores encontrados em indivíduos não expostos: <0,05 a 0,1 mg/L. Nenhum valor de referência foi especificado para o ar ambiente, pois não foi definido um nível seguro de exposição.1,2,9,10,11,15
A utilização do benzeno em inúmeras indústrias, torna a identificação da exposição numa tarefa difícil. As atuais recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) são: utilizar consistentemente equipamentos de proteção individual adequados (como respirador contra vapor, óculos e luvas protetores contra químicos e roupas limpas que cubram todo o corpo, evitando as de tecido sintético), eliminar o uso do benzeno sempre que possível (promovendo o uso de solventes alternativos em processos industriais), otimizar os sistemas de ventilação, desenvolver e implementar políticas e legislação adaptadas, aumentar a consciência pública sobre as fontes de exposição ao benzeno e as medidas de mitigação de risco e realizar atividades educacionais para desencorajar o uso desta substância.11
CONCLUSÕES
Segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) a cada dia que passa 5000 trabalhadores morrem devido a doenças relacionadas com o trabalho.11 Este número, torna atualmente a Saúde e Segurança do Trabalho mais vocacionada para a Saúde Ocupacional e não para o conceito de doença, dando ênfase a parâmetros como condições laborais, tipos de atividade e exposições profissionais, numa atitude preventiva. Alguns setores laborais, nomeadamente o secundário, onde prevalece a indústria química e de transformação, requerem maior atenção no que toca à identificação, tão precoce quanto possível, de riscos e efeitos decorrentes das variadas exposições a que os indivíduos estão sujeitos.
Neste âmbito, na área dos curtumes e do calçado, a avaliação dos efeitos na saúde de trabalhadores expostos a solventes orgânicos é tarefa importante. A relação causa-efeito entre exposição àquelas substâncias e efeitos clínicos nefastos tem sido escrutinada pela Toxicologia Ocupacional.
Inúmeros estudos nesta área de investigação analisaram as múltiplas exposições a que os trabalhadores de curtumes e calçado estão sujeitos. São várias as substâncias presentes, destacando-se pela sua maior toxicidade e impacto negativo os solventes orgânicos, como o benzeno. A este solvente foram associados efeitos deletérios a nível do sistema nervoso central (efeito narcótico em fase aguda e alterações neuropsicológicas em exposições crónicas) e em diversos órgãos, podendo causar, entre outros, anemia aplástica e a leucemia bem como toxicidade hepática, renal e do sistema hematopoiético.
A monitorização biológica, medida de avaliação desta substância química ou seus produtos de biotransformação sobretudo no ar exalado, sangue ou urina, ajuda a estimar a exposição e o nível de risco para a saúde, quando comparados a um valor de referência apropriado. No entanto, a exposição a substâncias carcinogénicas, como o benzeno, ou a misturas complexas (vastamente utilizadas nesta indústria) envolve aspectos que não permitem a identificação de um limiar abaixo do qual não se observam efeitos adversos; não sendo seguro, adotar um valor limite de exposição.
A prevenção, passa pela adoção de medidas comprovadamente eficazes na proteção do trabalhador contra a toxicidade dos produtos com que lida. No panorama atual, é disto exemplo a utilização de equipamentos de proteção individual (respiradores, óculos e luvas protetores e roupas não sintéticas), a otimização das condições e local de trabalho (nomeadamente através de sistemas de ventilação eficientes) e a manutenção criteriosa de um programa de exames médicos periódicos. Para além disto, a evidência científica atual reporta a necessidade da capacitação dos profissionais de saúde para identificar e vigiar os casos de exposição ocupacional e intoxicação aguda/crónica.
Em Portugal, situações de intoxicação pela substância abordada neste trabalho integram a Lista de Doenças Profissionais – Código 12.01 (anemia progressiva do tipo hipoplástico ou aplástico, leucopenia com neutropenia, diáteses hemorrágicas, estados leucemóides, leucemias, leucoses aleucémicas, perturbações gastrintestinais e acidentes neurológicos agudos nos casos não considerados acidentes de trabalho, após exposição aos fatores de risco: benzeno, tolueno, xileno e outros homólogos do benzeno).16 Contudo, a aplicação da legislação atual fica aquém do esperado no que concerne à proteção dos trabalhadores.
Esta revisão/discussão procura abrir espaço a maior investigação e, consequentemente, ajudar à tomada de ações preventivas mais eficazes.
CONFLITOS DE INTERESSE, QUESTÕES ÉTICAS E/OU LEGAIS
Nada a declarar.
OUTRAS QUESTÕES ÉTICAS E/OU LEGAIS
Nada a declarar.
AGRADECIMENTOS
Nada a declarar.
BIBLIOGRAFIA
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Quadro 1 – Critérios de inclusão e exclusão para a seleção dos estudos
Estudos: | |
Critérios de Inclusão | · Que apresentem resposta à pergunta de investigação
· Redigidos em Línguas Portuguesa e/ou Inglesa · Compreendidos no horizonte temporal estabelecido |
Critérios de Exclusão | · Repetidos nas bases de dados selecionadas para pesquisa
· Que não se apresentem texto integral |
(1)Sara Correia
Especialista em Medicina Geral e Familiar; formanda do Plano Transitório de Formação em Medicina do Trabalho pela Ordem dos Médicos. Morada para correspondência dos leitores: Rua do Arrabalde nº 37, 4560, Penafiel. E-mail: saracc87@gmail.com.
Correia S. Benzeno- Riscos, Exposição e Formas de Prevenção em Trabalhadores da Indústria Transformadora em PortugalRevista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 2018, 5, 28-35. DOI: 10.31252/RPSO.01.02.2018